sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Reorganizando o flickr

Flickr sempre foi um ambiente que deixei meio largado, meio de lado... Nunca dei muita bola.
Mas, comecei a ir montando sociogramas das redes por onde ia passando, gerando imagens, montando relatórios e tals... Senti a necessidade de ter tudo isso organizadinho, para poder acessar, rever, utilizar para outras conversas... Comecei por aqui. Ainda faltam algumas redes, mas a maioria já tá aqui...

A linkania do sutil

em conversa com o mano Orlando:

"deixar o sutil aparecer
e estar em paz o suficiente para perceber
pq é aí que a rede se abre para outros links
e nas derivas nos recriamos mais abertos, mais atentos."

Inclusão Digital, Redes Sociais e o Programa Acessa Escola

Ciclos e períodos são boas divisões de tempo que podemos usar para refletir, pensar, analisar o que estamos fazendo...

   Falar de inclusão digital, pensar a inclusão digital no âmbito de uma política pública é criar tecido para relacionar toda uma ecologia de ações, processos de tomada de decisão, gestão de recursos, métricas de acompanhamento e avaliação, espaço para o inusitado e emergência do novo, enfim, é pensar o computador como um elemento ativador de redes de redes, é pensar em criar campos, espaços públicos para apropriação de tecnologia como ativadora de imaginários.

         Segundo Hernani Dimantas (2009), “existe uma lógica subliminar no processo de inclusão digital, que, muitas vezes, fica obscurecida pelo trabalho cotidiano. Projetos de inclusão digital estão focados nos computadores. Não como ferramentas. Mas como centro de acesso à informação. Para entrar fundo neste debate, temos que dissociar a ferramenta do seu fim, redes são formadas por sinapses entre pessoas. E não pela utilização do computador. As pessoas estão em primeiro plano. E daí, podemos imaginar e elucubrar ferramentas para a formação de redes. Dessa forma, digo, que rede tem um espectro mais abrangente do que, somente, o mundo conectado. Está presente em qualquer expressão do relacionamento humano. O computador vem, apenas, facilitar a interatividade entre as pessoas. Aumentando a exposição do sujeito e catalisando inteligências ou as competências.”  
         O programa se torna, dessa forma, a estrutura organizacional pública que viabiliza e dá sustentação para a apropriação da tecnologia através da implantação de infra-estrutura física (computadores, móveis, cabos, roteadores), infra-estrutura lógica (software, banda larga) e a possibilidade de uso dessa infra-estrutura para livre acesso e livre circulação da informação em rede, ampliando as possibilidades de conexão entre pessoas.
         A rede passa a ser a estrutura orgânica que catalisa inteligências, campo de interação que faz emergir possibilidades de organização e reorganização de saberes, vivências e aprendizagem. A rede passa a ser a estrutura que permite novas topologias de conversas, demistificando mediações de papéis sociais, resignificando os meios de construção de conhecimento através da distribuição e descentralização da informação, bem como do acesso direto aos produtores da informação. Campo do emergente, a rede, do ponto de vista da geração da novas formas de organização “é o encadeamento de relações entre componentes ou indivíduos que produz uma unidade complexa ou sistema, dotada de qualidades desconhecidas quanto aos componentes ou indivíduos. Ela assegura solidariedade e solidez relativa a estas ligações, assegurando então ao sistema uma certa possibilidade de duração apesar das perturbações aleatórias. A organização, portanto: transforma, produz, religa, mantém” (MORIN, 2002). Novas formas de conversa, novas formas de interação, novas formas de aprendizado, novas possibilidades de se pensar e executar uma política pública.
         Segundo Drica Guzzi, a grande questão que está se formando é a capacidade educativa e cultural de se usar a Internet. Uma vez que toda a informação está na rede ou seja, o conhecimento codificado, mas não aquele de que se necessita , trata-se antes de saber onde está a informação, como buscá-la, como transformá-la em conhecimento específico para se fazer aquilo que se quer fazer.

É essa capacidade de aprender a aprender; essa capacidade de saber o que fazer com que se aprende; essa capacidade é socialmente desigual e está ligada à origem social, à origem familiar, ao nível cultural, ao nível de educação. É aí que está, empiricamente falando, a divisória digital nesse momento. (CASTELLS, 2003, p. 367)

Está cada vez mais evidente que quando falamos de Inclusão Digital estamos falando de diferentes níveis de complexidades.

         São diversos os desafios de uma política pública que atue a partir desses princípios, sobretudo, por articular suas estruturas de gestão às redes sociais emergentes de uma ação de inclusão digital. Um dos principais desafios no desenvolvimento de um processo de participação pública consiste em que o governo tenha uma visão holística , integrada ao ciclo de vida da elaboração de projetos e desenvolva tecnologias capazes de dar suporte ao processo de informar, consultar, participar, analisar, promover o feedback e a avaliação (GUZZI, 2006).
         A visão holística consiste num conjunto integrado de dispositivos que possam ser efetivamente utilizados pela política pública para a constituição de um programa de inclusão digital que seja pautado pelos princípios da livre apropriação da tecnologia e da ativação de redes sociais.  Apresentamos a seguir, a ecologia de dispositivos do laboratório WebLab da Escola do Futuro – USP, utilizada para o programa Acessa Escola.




legenda:   Ecologia de dispositivos de política pública de inclusão digital



         A ecologia de dispositivos representa o amadurecimento de 9 anos de experiências da equipe do Laboratório em construção de políticas públicas de inclusão digital em diferentes instâncias governamentais: munícipios (Parque Digital-Santo André, Telecentros-São Paulo, MetaReciclagem-Sorocaba, Jovem.com-Campinas), estado (Acessa SP-São Paulo, Juventude SP- São Paulo) e federação (Cultura Digital-Ministério da Cultura, HumanizaSUS - Mininistério da Saúde).  É um sistema complexo, levando-se em consideração várias frentes de atuação que se alimentam e retroalimentam formando uma rede de ações que não podem ser entendidas de forma isolada, mas no contexto e na reflexão de seu efeito sobre a parte no todo e do todo na parte, criando interfaces de informação, gestão e emergência de padrões em rede.
         A Capacitação é um dispositivo voltado para o contato com os estagiários do ensino médio, os participantes do programa que operam as Salas de Internet, criando um espaço de conversas, de escuta, de compartilhamento de experiências, de produção de sentidos como um vetor que orienta e alinha as ações executivas do programa em torno da emergência de compreensões comuns e compartilhadas de metas e objetivos. É também um espaço de ativação de redes, por proporcionar o encontro presencial entre estagiários de diversas escolas e diversas regiões por onde o programa vem sendo implantado. Como espaço de ativação de redes, a capacitação catalisa e amplia o campo de contato na internet, entre os estagiários. É um elemento fundamental, aproveitado pela Internet e Comunicação como gerador de interesse para que os estagiários possam se ver refletidos nas mídias sociais (Site do Acessa Escola, Orkut, Flickr, Youtube, Twitter e Facebook) do programa, através da produção de imagens, vídeos e textos sobre a capacitação em que os mesmos participaram, além da produção contínua de pautas específicas sobre os temas de interesse do programa: internet, educação, tecnologia e inclusão digital. As informações que sintetizam essas ações de rede são coletadas, analisadas e circulam pelos diferentes atores do programa através das ações de Webanalítica e dos informativos semanais da Operação Web.
         Ações que utilizam os espaços das mídias sociais para construção de projetos e apropriação da tecnologia das Salas de Internet para além das possibilidades do acesso livre são canalizadas via Rede de Projetos, um dispositivo que se alimenta de todas as informações e ações conversas geradas pela Capacitação e Internet e Comunicação como elementos de ativação de redes. É o espaço onde usuários, sejam professores, alunos ou funcionários, do programa podem contar suas experiências, encontrar apoio e suporte para executar ideias, construir projetos, divulgar resultados, além de um espaço para emergência de novas possibilidades de uso e apropriação do programa para ações inusitadas, inesperadas, criativas.
         Como os usuários efetivamente estão se apropriando da tecnologia das salas de Internet, como é o seu comportamento em rede e o que pensam sobre o programa é uma área que é abordada pela PONLINE, uma ação de pesquisa online com os usuários frequentadores do programa. E junto com todas as informações pelos dispositivos mencionadas, há a área de Conexões Científicas criando um campo de análise e produção de conhecimento acadêmica sobre o programa e para o programa.
         Essa é uma possível leitura das interfaces que são oferecidas pelos dispositivos de inclusão digital, outras são possíveis, possibilitando novas ações, melhorias e o desenvolvimento do próprio programa em seu fazer e refazer contínuo.

EcologiaWeb Acessa Escola



Mídias sociais, redes sociais, canais, integração, agregação e por aí vai...

Esses têm sido alguns dos temas que tenho ouvido com muita frequências nos últimos meses e acho alguns bem sem sentido no contexto de pensarmos apropriação tecnologia para reflexão de singularidades...

Enfim, produzimos a imagem acima que retrata os fluxos do que construímos para o Acessa Escola.

Canais produziam sentidos em suas ações, ações partiam de encontros, conversas, desejos e saberes. Um experimento...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Aldeias urbanas

Aldeias Urbanas é um tecido de tribos.
Tecido que se tece junto,
que tribaliza saberes,
que se faz de enlaces de encontros,
que se forma em rede de redes,
que forma imaginários de formas.

Aldeias, tribos de metacuras;
Rito de passagem de cyberxamãs;
Caos cosmogênese da ordem;
Desordem embrião de metamorfoses.

Somos emergências de buscas;
Somos ativação de viveres;
Somos fluxos de múltiplas histórias.

De estações, usinas e veias marginais,
Fumaças condicionadas, obras de expansão
E indicadores de acesso,

Uma nova taba urbana,
Novas ocas na vila,
Em busca de cura, cultura de paz,
Das causas da paz, saúde e liberdade.

Bem-vindo às Aldeias Urbanas...

Cultivando a felicidade em meio as relações

Num dia...

Arnaldo Antunes


Composição: Arnaldo Antunes / Hélder Gonçalves / Manuela Azevedo / Chico Salém

Sujar o pé de areia pra depois lavar na água

Lavar o pé na água pra depois sujar de areia

Esperar o vaga-lume piscar outra vez

Ouvir a onda mais distante por trás da onda mais próxima

Sujar o pé de areia pra depois lavar na água

Respirar

Sentir o sabor do que comer

Caminhar

Se chover, tomar chuva

Não esperar nada acontecer

Ser gentil com qualquer pessoa

Sujar o pé de areia pra depois lavar na água

Lavar o pé na água pra depois sujar de areia

Esperar o vaga-lume piscar outra vez

Ouvir a onda mais distante por trás da onda mais próxima

Respirar

Sentir o sabor do que comer

Caminhar

Se chover, tomar chuva

Ter saudade no final da tarde

Para quando escurecer, esquecer

Ao se deitar para dormir, dormir (4x)

Dormir.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Caos, ordem, desordem no MetaReciclagem

Emergimos como caos na rede,
como caos embrião de ordem;
como caos cosmogênese de linkanias,
como caos fluxo de viveres,
fluxo de intensidades, fluxo de sentidos.

Há inúmeras derivas possíveis desses fluxos e todas elas corretas e incorretas;
Todas elas duais e singulares;
Todas possíveis de desvios e retas diretas em curvas invisíveis.

Algumas derivas de bordas, nas brechas,
Algumas derivas de centro, nos routers.
Impermanência na rede, impermanência da rede, impermanência é rede.
Assim compostos,
Assim dissolvidos.