terça-feira, 24 de novembro de 2009

ordem, desordem, interação e reorganização

“Sustento que a verdade é um território sem caminho, e é impossível aproximar-se dela por qualquer caminho que seja, por qualquer religião, qualquer seita ou organização. Este é o meu ponto de vista, e eu o adoto de maneira absoluta e incondicional. A verdade, sendo ilimitada, incondicionada, inacessível por qualquer caminho que seja, não pode ser organizada; tampouco deve ser formada qualquer organização para conduzir ou coagir as pessoas a seguirem qualquer caminho em particular.”

“Eu não quero seguidores, e digo isto para valer. No momento em que você segue alguém, deixa de seguir a Verdade. Não estou preocupado se você presta ou não atenção ao que digo. Quero fazer certa coisa no mundo e vou fazê-la com concentração total. Preocupo-me apenas com uma coisa essencial: libertar o homem. Desejo libertá-lo de todas as prisões, de todos os medos, e não fundar religiões, novas seitas, ou estabelecer novas teorias e novas filosofias.”

Krishnamurti

diálogo dialógico

Diretamente da Escola de Diálogo de São Paulo:

"O Diálogo é o elemento de coesão entre a humanidade, suas criações e todo o ambiente.
As civilizações precedentes produziram, por meio do diálogo, uma enorme gama de realizações. Expandiram a habilidade de conviver, ampliando e distribuindo o conhecimento.
O diálogo qualificado é o processo de ouvir com atenção, e de observar o pensamento. Tal prática melhora a autopercepção e a percepção do outro.
Restaurar e aperfeiçoar a habilidade para dialogar aumenta a autoconsciência e melhora a qualidade dos relacionamentos. Revigora e fortalece as redes de conversação.
O diálogo é a chave para uma ética de inclusão, respeito e competência nas relações.
A possibilidade de mudança de condicionamentos mentais unidimensionais e alienantes não pode prescindir da reflexão profunda e genuína, individual e grupal, que o verdadeiro diálogo proporciona.
A experiência de um diálogo verdadeiro é, em si, transformadora, e a base da construção de sociedades e indivíduos mais equilibrados, dinâmicos e criativos.
"


Gostei da conversa... Me lembrou muito do trabalho do David Bohm, físico que admiro muito pela relação que ele fez entre o pensamento e a complexidade de sistemas. Na wikipedia, o diálogo de Bohm é visto assim:


"O Diálogo de Bohm (usualmente designado como somente como Diálogos por seus praticantes) ocorre em grupos de 10 a 40 pessoas, que senta-se em um único círculo, por algumas horas, em encontros regulares por alguns dias em um ambiente de trabalho dirigido. Os participantes buscam refrear seus próprios pensamentos, motivações, impulsos e julgamentos - para buscar e explorar um pensamento coletivo ou grupal. De acordo com seu proponente, Diálogos não devem ser confundidos com discussões, palestras, discursos ou debates, os quais, segundo Bhom, sugerem o esforço em direção a algum objetivo e não praticar a simples exploração. Reunir-se sem um objetivo ou agenda cria um "espaço livre" para que algo de novo possa surgir."

 O melhor é, como diria Edgar Morin, que dá para fazer o auto-diálogo, exercitar a auto-ética a partir do diálogo consigo mesmo. Mais uma forma de descrever os caminhos também conhecidos como meditação...

Perguntaram o que era Rede

Afinal, o que é mesmo rede?

"Rede é uma forma de nos organizarmos.
 Rede é uma maneira de conversarmos.
 Rede é uma forma de trabalharmos.
 Rede é uma maneira de nos conhecermos.
 Rede é uma forma de decidirmos e convivermos em comunidade."

de como surgiu o metareciclagem e ...

A thread em que conversávamos sobre infra-estrutura e a liberdade de projetos.

... o que é mesmo que estamos fazendo agora?

 Onde está nossa conversa agora?
 Como o xemele nos organizou?
 O que andamos fazendo em nossos projetos e qual a convergência dessas ações?

 Sinto ressoar os tambores da caordem...
 Será? Os próximos passos estão na vibra do momento...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O gosto do agora

Um velho Mestre, pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de
sal em um copo d'água e bebesse.
- "Qual é o gosto?" - perguntou o Mestre.
- "Ruim" - disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e
levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago, então o
velho disse:
- "Beba um pouco dessa água".
Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o mestre perguntou:
- "Qual é o gosto?".
- "Bom!" - disse o rapaz.
- "Você sente o gosto do sal?" - perguntou o Mestre.
- "Não" - disse o jovem.
O Mestre então, sentou ao lado do jovem, Pegou em suas mãos e disse:
- "A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de
onde a colocamos.  Quando você sentir dor, a única coisa que você deve
fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta, é dar mais
valor ao que você tem, do que ao que você perdeu, em outras palavras: É
deixar de ser copo para tornar-se um lago".

terça-feira, 17 de novembro de 2009

A Rede na Roda

Amanhã, no SESC Piracicaba:

Dalton Martins, doutorando em Ciências da Informação pela ECA/USP e coordenador de projetos na Escola do Futuro – USP, analisa o tempo e as novas formas de conexão a partir da expansão das redes sociais. No Teatro.

A proposta foi muito interessante e muita alinhada com as últimas pesquisas que venho mapeando por aqui.
Pretendo trabalhar:

  1. Complexidade e conexão;
  2. Conexão e inovação;
  3. Estruturas organizacionais, conexão e inovação;
  4. Estruturas e a percepção do tempo;
  5. Complexidade e o tempo.
 Tudo isso, é claro, dentro do contâiner das redes sociais como a estrutura do fluir.

Mapeando a Rede Social de um curso

fiz uma brincadeira com os amigos do Gens, que me convidaram para falar um pouco sobre redes sociais no seu curso de comunicação.


No final do nosso terceiro papo, eu propus para que mapeássemos a Rede Social dos participantes do curso, relacionando-se entre si e com as principais organizações que as pessoas fazem parte. O resultado ficou muito interessante e dá uma margem para pensarmos no efeito que esse tipo de visualização pode causar e como pode facilitar conhecermos um pouco mais de nossas estruturas organizacionais.

A imagem gera mais perguntas que eu mesmo gostaria de estudar:

  1. Como essa visualização pode impactar no acesso entre as organizações que se relacionam através desse grupo?
  2. Como essa visualização muda as próprias conversas do grupo a respeito de si mesmo?
  3. Como podemos usar isso para refletirmos a respeito de nossas estruturas tradicionais de aprendizagem e conversação?
  4. Como podemos melhorar a forma de construirmos esse tipo de mapa juntos?
  5. Como essas relações nos aspectam, ou seja, nos influencia em nosso cotidiano? O quanto percebemos isso? O quanto queremos perceber?

e falando em política pública de inclusão digital

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Liberdade e criação

"a liberdade possibilita uma percepção criadora de novas ordens de necessidade. Se você não puder fazer isso, não será realmente livre." David Bohm

O quanto conseguimos questionar as nossas próprias estruturas internas de representação do mundo?

O quanto conseguimos olhar para elas sem medo, sem susto, sem receio de simplesmente olhar e se questionar?

Qual a dificuldade de olhar? Medo de ver nas próprias teias da percepção?