Construindo uma história de links e caminhos, de conexões e conversas, de sentidos e contextos...
segunda-feira, 28 de março de 2011
terça-feira, 22 de março de 2011
Telecentros como plataformas de articulação de redes
Há diversas "verdades" que têm sido ditas a respeito de projetos sociais que envolvem, de uma forma ou de outra, o uso de tecnologias que promovam maior conectividade entre as pessoas. Algumas acabam se tornando quase um mantra de várias conversas sendo que acabamos por perder o panorama mais global de como essas ideias têm sido articuladas e, sobretudo, colocadas em prática nos projetos em geral.
Uma delas é a questão da formação em rede, da promoção da redes, das redes sociais de maneira geral. É dito com muita frequência que o objetivo do projeto é promover redes, trabalhar a inteligência coletiva, facilitar a colaboração, utilizar as tecnologias para promover um tipo de interatividade que tem se tornado a moeda nº 1 quando ouvimos expressões como "mídias sociais" e tal.
A pergunta que me coloco aqui é: para que promover redes? para que trabalhar a inteligência coletiva? A rede pela rede promove conectividade daí a achar que isso é algo que deve ser buscado ou não, depende muito de como se responde ao objetivo disso tudo.
Não sou partidário das opiniões que acreditam que a rede é uma panacéia que pode melhorar a forma como nos relacionamos e nos articulamos para o desenvolvimento de objetivos em comum. Na mesma proporção que a rede amplia, ela também limita, também seleciona, filtra, reduz e sintetiza. Na mesma proporção que a rede conecta, ela desloca, atrai a atenção para pontos específicos, reduzindo níveis possíveis de outros tipos de conexão.
A rede surge como paradigma de controle e gestão de um estado burguês em desenvolvimento: rede elétrica, rede de esgosto, rede de televisão, rede de água, entre tantas outras. Logo, a rede pela rede, estamos discutindo o abstrato pelo abstrato. Não se trata disso e acredito que esse momento, apesar de parecer óbvio em certos momentos, merece alguma reflexão um pouco mais detalhada.
Acredito que há algo mais que me interessa na ideia de rede: a ideia de organização. A possibilidade de utilização de uma plataforma ampla e intensa de conectividade, como podemos entender os muitos projetos e programas que implantaram telecentros pelo Brasil na última década, como plataforma de articulação de redes que podem demandar outros níveis de organização, aí sim, algo surge que me interessa profundamente.
A infra-estrutura é fundamental, a banda larga é fundamental, a formação é fundamental. São aspectos de base, quase como condições de possibilidade para algo possa surgir a partir da intensa possibilidade de interação que pode ser criada a partir da livre apropriação dessas camadas de base.
Entendo por outros níveis organizacionais alguns pontos importantes que podem ser experimentados de várias maneiras:
Uma delas é a questão da formação em rede, da promoção da redes, das redes sociais de maneira geral. É dito com muita frequência que o objetivo do projeto é promover redes, trabalhar a inteligência coletiva, facilitar a colaboração, utilizar as tecnologias para promover um tipo de interatividade que tem se tornado a moeda nº 1 quando ouvimos expressões como "mídias sociais" e tal.
A pergunta que me coloco aqui é: para que promover redes? para que trabalhar a inteligência coletiva? A rede pela rede promove conectividade daí a achar que isso é algo que deve ser buscado ou não, depende muito de como se responde ao objetivo disso tudo.
Não sou partidário das opiniões que acreditam que a rede é uma panacéia que pode melhorar a forma como nos relacionamos e nos articulamos para o desenvolvimento de objetivos em comum. Na mesma proporção que a rede amplia, ela também limita, também seleciona, filtra, reduz e sintetiza. Na mesma proporção que a rede conecta, ela desloca, atrai a atenção para pontos específicos, reduzindo níveis possíveis de outros tipos de conexão.
A rede surge como paradigma de controle e gestão de um estado burguês em desenvolvimento: rede elétrica, rede de esgosto, rede de televisão, rede de água, entre tantas outras. Logo, a rede pela rede, estamos discutindo o abstrato pelo abstrato. Não se trata disso e acredito que esse momento, apesar de parecer óbvio em certos momentos, merece alguma reflexão um pouco mais detalhada.
Acredito que há algo mais que me interessa na ideia de rede: a ideia de organização. A possibilidade de utilização de uma plataforma ampla e intensa de conectividade, como podemos entender os muitos projetos e programas que implantaram telecentros pelo Brasil na última década, como plataforma de articulação de redes que podem demandar outros níveis de organização, aí sim, algo surge que me interessa profundamente.
A infra-estrutura é fundamental, a banda larga é fundamental, a formação é fundamental. São aspectos de base, quase como condições de possibilidade para algo possa surgir a partir da intensa possibilidade de interação que pode ser criada a partir da livre apropriação dessas camadas de base.
Entendo por outros níveis organizacionais alguns pontos importantes que podem ser experimentados de várias maneiras:
- a consciência de si na relação com o outro. Me percebo, me conheço, me descubro um pouco mais quando me coloco em relação;
- a capacidade de mobilização social, quando me dou conta de que minhas questões são mais amplas do que meus próprios interesses. Encontro semelhanças e diferenças que promovem deslocamentos em meu pensamento, ampliando possibilidades e perspectivas de interpretação daquilo que vivo. As semelhanças e diferenças tornam-se movimentos que disparam ações de conectividade, que promovem interação, debate e, eventualmente, colaboração. Causas, bandeiras, objetivos são descobertos, organizados e promovidos de maneiras supreendentes;
- a descoberta do novo. As diferentes "verdades" se encontram e podem se remixar criando novas formas, novas possibilidades emergentes e que podem ser utilizadas de muitas maneiras por aqueles que se dão conta de algo novo surgiu;
- novas formas de "institucionalização". A rede opera novas interfaces de sentido, novas maneiras de formar bando, grupos que se articulam, se autodenominam e se reconhecem de alguma que produz algum tipo de identidade coletiva. É um novo nível organizacional que surge como resposta a uma necessidade latente de interação.
A rede passa a operar efeitos que rearticulam territórios, mobilizam recursos e operam aberturas de diálogo que podem fazer toda a diferença no dia-a-dia de um telecentro, de uma comunidade, um laboratório, uma empresa, seja qualquer tipo ou forma de agrupamento humano.
Nesse sentido, sinto que podemos ampliar a compreensão de nossa ação ativista nos sistemas dinâmicos complexos em que atuamos. Somos, de alguma maneira, promotores de interatividade pelos projetos em que atuamos. Refletimos de alguma e apoiamos a emergência de novos níveis organizacionais? Estamos prontos para mudar escopo, objetivos e nos adaptarmos ao que surge em meio ao fluxo que fazemos parte? Estamos prontos para construir novas verdades?
quarta-feira, 16 de março de 2011
Modelando o invisível
Trabalhamos com o invisível.
Trabalhamos com a modelagem do invisível.
A palavra símbolo apenas aparece como disparador dos próprios sentidos.
Daí, a pensar que a relação símbolo-sentido foi compartilhada tem uma grande distância.
A arte das redes se dá nessa passagem.
Não se compartilha sentido, se compartilha movimento de sentir,
Quando me importa de fato o outro.
Desafio não é linkar, é manter o foco no movimento da atenção do outro.
Trabalhamos com a modelagem do invisível.
A palavra símbolo apenas aparece como disparador dos próprios sentidos.
Daí, a pensar que a relação símbolo-sentido foi compartilhada tem uma grande distância.
A arte das redes se dá nessa passagem.
Não se compartilha sentido, se compartilha movimento de sentir,
Quando me importa de fato o outro.
Desafio não é linkar, é manter o foco no movimento da atenção do outro.
No axé do afoxé, filhos de Gandhi!
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