segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Resultados da pesquisa de opinião do projeto Aldeias Urbanas

 O projeto Aldeias Urbanas tem por objetivo ser um espaço de conversação, de reflexão, de análise e estudo a respeito de diferentes aldeias, tribos que estudam assuntos relacionados a saúde, espiritualidade, auto-conhecimento e expansão da consciência. Sem dúvida, o campo de interesse é amplo e muitas são as possibilidades e pontos de vista que podem se apresentar, por isso o nome de Aldeias e não uma Aldeia Urbana.
Como começo de projeto, a primeira ação que executamos foi criar uma pesquisa de opinião baseada em oito pontos para enviarmos para amigos, conhecidos, clientes e pessoas que achamos que poderiam se interessar pelo projeto e que poderiam nos dar alguma opinião que pudesse orientar/reorientar aquilo que estávamos pensando para o projeto.

Fizemos algumas reuniões para conversar a respeito da perguntas e, como o que mais importa é o processo do que o próprio resultado, aprendemos um pouco mais a respeito de nós mesmos nessas conversas, a respeito de como pensávamos a Internet como meio de comunicação e como ela poderia ser utilizada como para a emergência de uma rede de conversas, uma rede de aldeias sobre diversos assuntos que nos interessam.

As perguntas que montamos foram as seguintes:
  1. Como você aprende melhor?
  2. Quais os tipos de conteúdo que mais lhe interessam?
  3. Como você gosta de receber e compartilhar seu conhecimento na Internet?
  4. Quais as formas de interação social que antendem melhor sua necessidade de aprendizado?
  5. Você possui o hábito de comentar conteúdo que acha interessante na Internet?
  6. Você tem o hábito de publicar/oferecer/participar de conteúdos em sites/mídias sociais?
  7. Que estratégias que acha que são eficazes para divulgar conteúdo de seu interesse?
  8. O que você acharia de encontrar um produto específico relacionado com um conteúdo de seu interesse?
 Analisando as respostas as questões acima, que foram coletadas de 70 respondentes que participaram da pesquisa, chegamos a algumas conclusões bem interessantes que vêm orientando o desenvolvimento do projeto Aldeias Urbanas e nos dando uma maior percepção do que as pessoas que se interessam pelos assuntos aqui tratados pensam:
  • Os participantes aprendem melhor vivenciando práticas, ou seja, experimentando e criando seu próprio ponto de vista com os temas de seu interesse;
  • O tema de maior interesse é auto-conhecimento. Sem dúvida, é um ponto importante e que escolhemos como sendo nosso primeiro foco de produção de conteúdo, por isso os primeiros posts do Aldeias Urbanas falam de eneagrame e meditação, buscando compartilhar experiências e estudos a respeito de auto-conhecimento;
  • A forma de compartilhando de conteúdo preferida dos participantes é o texto;
  • Os participante preferem interações sociais presenciais, como palestras, cursos, workshops para suas necessidades de aprendizado. Uma das idéias do projeto Aldeias Urbanas, numa segunda fase, é iniciar a realização de palestras, cursos e workshops relativos aos temas que forem sendo discutidos e publicados pelo site;
  • Os participantes raramente comentam ou interagem com conteúdo na Internet, tendo mais uma posição de acesso a informação;
  • Os participantes raramente publicam ou oferecem conteúdo próprio nas mídias sociais;
  • As duas estratégias que consideraram mais eficaz para divulgar um conteúdo de seu interesse foi compartilhar um link e divulgar uma palestra. Criamos o informativo Aldeias Urbanas, que é uma forma dos visitantes do site deixarem seus emails cadastrados para poderem receber divulgação de novos conteúdos publicados no Aldeias, divulgação de livros recomendados, vídeos, cursos, palestras e workshops;
  • A grande maioria dos participantes acha atraente a divulgação de produtos vinculados a conteúdo de seu interesse. Para uma fase posterior do projeto Aldeias Urbanas, temos a intenção de divulgar livros recomendados, produtos, serviços que sejam de nosso conhecimento, que saibamos a procedência, que também estamos utilizando para irmos compartilhando com nossos visitantes na web.
 Gostaríamos de agradecer a todos que participaram da pesquisa e que estão auxiliando direta ou indiretamente no desenvolvimento desse projeto.


Milarepa: quando a meditação simplifica o aqui e agora...

“O homem que pode observar sua mente sem distração
Não precisa tagarelar ou conversar.
O homem que consegue absorver-se em autoconsciência
Não precisa sentar-se com rigidez cadavérica.
Se ele conhecer a natureza de todas as formas
Os oito anseios mundanos* desaparecem por si mesmos.
Se ele não tiver desejo e ódio no coração
Não precisa exibir-se ou fingir.
O grande despertar da mente de Bodhi,
Que vai além do samsara e do nirvana,
Nunca pode ser atingida pela busca e pelo desejo.”
(Canção de Milarepa para o Dharma Bodhi do Nepal, in Meditação na Ação, de Chogyam Trungpa, Editora Pensamento)
 Os oito anseios mundanos: [1] querer ser louvado; [2] não querer ser criticado; [3] querer ganhar; [4] não querer perder; [5] querer ser feliz; [6] não quere ser infeliz; [7] querer ser famoso; [8] não querer ser ignorado.
“Medite na natureza não nascida de sua mente:
Como o espaço, sem centro, sem limite;
Como o sol e a lua, brilhante a clara;
Como a montanha, imóvel, inabalável;
Como o oceano, profundo, imensurável.”

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

As redes da Humanização - 2 anos de Humaniza SUS

Em fevereiro de 2010 faz dois anos que iniciamos o projeto Rede Humaniza SUS.

Não tenho dúvidas de dizer que esse foi e tem sido um dos projetos mais interessantes em que já atuei profissionalmente. Atuar junto com as pessoas que fizeram parte dessa equipe (Dani, Felipe, Hernani, Drica, Ricardo Teixeira, entre outros) tem sido uma experiência forte e muito simbólica do que é ativar uma rede, ver, sentir a emergência de rede social na Internet.

A gente ouve falar muitas coisas sobre esses temas, mas pouco efetivamente experiencia isso, vivencia e tem tempo no dia-a-dia de ir colhendo os resultados, analisar o que vem acontecendo, publicar o que o imaginário vai tecendo a partir daquela massa enorme de dados que a gente vai coletando. Acontece que resolvi ir registrando por aqui o que eu venho aprendendo com a Rede Humaniza SUS. A idéia é ir montando uma série de posts que vai documentar o vivenciei nesse projeto, como ele foi se desenvolvendo e os registros de aprendizados que puderem ficar desses 2 anos de ação.

Só para estimular vou começar lançando aqui duas imagens que consegui finalizar hoje, que mostram as interações em rede dos participantes do Humaniza. Vou voltar algumas vezes nessas imagens ao longo dos posts para ir contando um pouco a história de como se formaram.

O que elas mostram?
  1. o tamanho de cada bola representa a quantidade de participantes de cada grupo;
  2. as imagens mostram as interações entre quem publicou um post e as pessoas que comentaram esses posts no blog, sempre lembrando que uma mesma pessoa pode ter publicado vários posts e feitos vários comentários, o que vai gerando os cruzamentos entre os membros da rede;
  3. a proximidade de cada bola tem relação com as proximidades de articulação entre os grupos.
 

 

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Mentes, redes e os tais mundos pequenos

Tem algumas coisas que têm me interessado muito nos últimos tempos e que venho pesquisando um pouco a cada dia, lendo, analisando, praticando algumas coisas, sintetizando outras e construindo representações abstratas dessas idéias por aí.

Sintetizo dessa forma os tópicos que estão no campo de atenção atualmente:
1. visualização de relações através da análise de redes sociais;
2. meditação e neurofisiologia, bem como a produção de frequência vibracional na matéria causada por diferentes estágios de mente;
3. sensores, interação, capacidade de representação e consciência da visualização da mente.

Pesquisa sobre a expressão Wavelet na web, acabei encontrando um estudo realmente muito interessante e que me parece que aponta numa certa direção de síntese desses 3 ítens que mencionei acima.

O lance aqui é que os caras as áreas de relacionamento da mente humana a partir da medição de frequência do pensamento usando ressonância magnética e geraram imagens de redes sociais que se assimilam muito a um tipo de rede chamada small world, exatamente como é a Internet.

As duas imagens que me chamaram atenção:


 

Pois é...
Ao que tá parecendo o caminho de pesquisar esse tipo de interatividade em rede, brincar com a interatividade de sensores, Arduíno e análise de redes tá só começando a esquentar...

Aprender a usar computadores é um meio, não um fim

Uma boa conversa com Patrícial Cornills na revista A Rede.

Acho que vale um tanto aprofundar o papo a respeito disso.
É muito recurso, são muitos projetos e pouca conversa sobre o que é essa tal de capacitação.