terça-feira, 31 de maio de 2011

a tal cunha

só quero atuar a partir da dimensão do possível.
minha forma de enlace mira a fronteira, o escopo, o definível, a borda, o conceito.
se você perceber, o rumo do enlace que proponho por aqui é somente a pura expansão daquilo que define.
a forma de descrever é a linha que enxergo.
para além dela, há tudo o que ainda me interessa.
tudo o que já foi pensado pode ser dimensionado, enlaçado de alguma maneira.
para além do que pode ser pensado, é ali que a tal da cunha faz sentido.
ela não é forma, nem estrutura, nem conceito, nem palavra, nem possibilidade....
é apenas o movimento de abrir.
é apenas a minha maneira de dizer que o movimento da descrição é só um exercício de alargamento
e que nesse exercício não se ganha mais formas de descrever, mas se derrete muitas das antigas.
mais do que criando, o lance por aqui é romper.
é dissolvência daquilo tudo que tinha sido dado.
nem negação, nem afirmação.
nem expansão, nem retroação.
puro movimento.
puro movimento de dispersão.
dispersão de sentidos se cruzando, se enfrentando, se repactuando perante aquilo que me convoca.

a cunha entra em contato com a interface do que tá posto.
abre um novo campo e a partir dele a gente cria espaço de uma nova conversa.
nem as minhas e nem as tuas formas darão conta do que buscamos, se ainda buscarmos algo...

percebeu o ritmo?

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Experimentando a leitura de estratégias de conectividade

Fiz um post alguns dias atrás mostrando os primeiros movimentos da rede Telecentros.BR, tentando descrever um pouco do que tava ocorrendo por dentro do Moodle por onde tá rolando as principais ações atualmente.

No post, apontava 3 movimentos inicias que estavam mais evidentes quando comecei a analisar a base de dados do projeto:
  1. a formação de uma rede envolvendo a relação entre os polos regionais (tutores, supervisores e coordenadores) e os monitores de cada região;
  2. a formação de uma rede envolvendo os polos regionais;
  3. a formação de uma rede envolvendo os monitores.
Fiz uma pequena distinção entre esses três níveis de composição para evidenciar o que acredito ser um movimento/construção de uma estratégia de conectividade que mostra alguns indícios das primeiras características que estão ficando visíveis do que estamos fazendo em termos de projeto.
O fato é que disponibilizamos a ferramenta de conversação online do Moodle para os monitores e polos pudessem utilizar como um recurso de conversa por dentro da plataforma. O que quero descrever agora é como vejo que estão se apropriando desse recurso como um determinado tipo de estratégia de conectividade entre eles.

Antes de mais nada, é fundamental ter em mente que estamos falando de um projeto ainda em fase de implantação, com apenas 3 meses de contato direto com a ponta do programa. A forma como essa rede começa diz muito do discurso inicial, da proposta que está sendo estabelecida entre quem está trabalhando diretamente no projeto e quem está chegando com a expectativa de receber um curso à distância. Há uma certa proposta de relação que está colocada e, a partir dessa proposta, uma dinâmica e uma estrutura de rede começa a surgir delineando movimentos e dando algumas pistas de para onde esse projeto está indo.

A proposta de relação inicial do projeto é, resumidamente:
  1. oferecer um curso de 480 horas, dividido em dois módulos, sendo um de 80 horas e outro de 400 com foco específico no desenvolvimento de projetos dentro do Telecentro;
  2. formar grupos de 30 monitores com apoio de 1 tutor para criar um acompanhamento durante esse curso.
O convite a se relacionar, a partir do que está colocado acima, diz muito de uma forma de se fazer e produzir um curso à distância. Pode ser visto como estratégia de formação ou como um jeito de começar uma rede, como uma estrutura intermediária para estabelecimento de relações que pode ser derivada para outras formas de conversa, para outros convites de relação, para outras maneiras de atuar em rede. Parte grande da energia que temos colocado no projeto é acreditar nesse convite, entendendo que o que está começando é o início de um movimento, uma maneira de nos encontrarmos dentro da sala de aula para pensarmos vôos para outros lugares.

Utilizando indicadores de centralidade e diâmetro da rede, é possível descrever um pouco melhor como esse movimento tem acontecido dentro da plataforma Moodle. Coloco aqui embaixo uma tabela com os principais dados que coletei dos 3 movimentos iniciais de rede que mencionei acima:


Indicadores Polos+Monitores Polos Monitores
Densidade 0,028955 0,0671242 0,010443




Grau médio 61,2109745 40,5430464 15,7480106
Grau mais baixo 1 0 0
Grau mais alto 2049 766 380




Proximidade média 0,2847 0,2737 0,1646
Proximidade mais baixa 0,0019 0 0
Proximidade mais alta 0,4162 0,3952 0,2558




Intermediação média 0,0001 0 0
Intermediação mais baixa 0 0 0
Intermediação mais alta 0,0858 0,1521 0,0415




Distância média no maior cluster 3,69087 3,82219 4,17026
Maior distância entre dois vértices 10 11 11
Tabela dos dados absolutos



Variações Polos+Monitores Variação na rede só dos Polos (%) Variação na rede só dos Monitores (%)
Densidade 0,028955 131,82 -63,93
Grau médio 61,2109745 -33,77 -74,27
Grau mais baixo 1 -100,00 -100,00
Grau mais alto 2049 -62,62 -81,45
Proximidade média 0,2847 -3,86 -42,18
Proximidade mais baixa 0,0019 -100,00 -100,00
Proximidade mais alta 0,4162 -5,05 -38,54
Intermediação média 0,0001 -100,00 -100,00
Intermediação mais baixa 0 0,00 0,00
Intermediação mais alta 0,0858 77,27 -51,63
Distância média no maior cluster 3,69087 3,56 12,99
Maior distância entre dois vértices 10 10,00 10,00
Tabela das variações

Há muitas possibilidades de leitura desses dados e a ideia é experimentar um pouco por aqui aquilo que me faz sentido, os movimentos que percebo e como acredito que esses instrumentos auxiliam a ler sistemas mais complexos para além daqueles que estamos acostumados no dia-a-dia. Algumas interpretações:
  1. a rede formada pelos polos é 131,82% mais densa do que a rede formada apenas pelos polos+monitores. Os polos vêm se encontrando de forma sistemática desde junho de 2010, para produzirem juntos os conteúdos, as diretrizes e os alinhamentos necessários para a construção dessa formação. O fato de sua densidade de conexões apresentar esse nível indica uma proximidade muito maior entre polos do que entre os monitores entre si e com os polos. Quando vemos a rede de monitores, a densidade cai -63,93%, mostrando o quanto dispersos se tornam os monitores entre si quando os polos saem da relação nesse momento. Os monitores estão espalhados por todo o Brasil e estão começando a formar grupo nessa conexão com o Moodle. Isso leva tempo e depende muito da aposta de relação que a formação fizer para conectar monitores de diferentes regiões, depende da vontade de conversa, da vontade de encontro que esse processo todo gerar e criar caminhos para ocorrer. Nesse momento, o que esse nível de densidade me mostra, bem como as imagens das redes linkadas acima, é o quanto, a partir dessa proposta de formação, o trabalho dos polos é fundamental nesse momento. São eles que adensam a rede, ampliando sua capilaridade.
  2. sobre o Grau mais alto, dá para perceber também um movimento interessante. Ele cai -62% na rede de polos e -81% na rede de monitores. Isso aponta uma tendência interessante, mostrando que o grau mais alto na rede de polos+monitores ocorre quando esses dois níveis estão conversando entre si, ou seja, mostra um movimento de polos contactando monitores e vice-versa. A relação do polo na formação é central, pois é ele que apresenta o tutor na formação, aquele que tem por papel acolher os monitores, tirar suas dúvidas e acompanhar sua formação.
  3. os indicadores de proximidade e intermediação apresentam o mesmo movimento, apenas mais intenso no caso da intermediação. Esses indicadores servem para mostrar o nível de proximidade médio entre os nós de uma rede e o grau de articulação entre esses nós. O que fica mais evidente a partir dos dados dessas tabelas, considerando apenas os valores mais altos, é o quanto essa rede de formação depende dessa relação dos polos com os monitores para se articular. A rede só de polos fica 77% mais articulada sem os monitores e a rede só de monitores -51% menos articulada, considerando os nós com maior potencial de articulação na rede. A rede sem os tutores perde muito da sua intensidade, do papel de intermediador que os tutores acabam exercendo na relação com suas turmas de monitores. Esse papel pode ser construído pelos próprios monitores quando avançam na construção de estratégias em comum, na articulação de movimentos próprios, desintermediados da relação direta com os polos, quando começam a utilizar a plataforma de conectividade mais como um canal de encontro do que propriamente um canal para realizarem um curso. Acredito ser possível levar os movimentos da rede de formação para esse âmbito, mas isso é algo a ser experimentado ao longo desse processo todo que estamos vivenciando. 
  4. a distância média entre nós na rede também sofre um impacto, apesar de menor, quando da saída dos polos da rede de monitores. Há um espalhamento na rede, aumentando as distâncias entre monitores. Um dos papéis dos tutores é, nesse momento, realizar parte dessa intermediação, conectando monitores, apresentando pessoas, divulgando suas ideias e links e criando campo para promoção de conexões e articulações em rede.
 São ainda movimentos muito iniciais, pouco conclusivos. Acredito que mais do que concluir, a ideia por aqui é experimentar o descrever e entender melhor como muitos desses recursos podem ser úteis em ações de intervenção, de leitura de movimentos complexos para pensar nas nossas próprias estratégias em projetos, como promovemos ações e os efeitos que elas geram nas redes que buscamos auxiliar a ativar. 

segunda-feira, 23 de maio de 2011

e por falar em cidades digitais...

a dança da linguagem

Uma pergunta vem me provocando movimentos interessantes já alguns semanas que, por sinal, tem sido bastante inquietantes exatamente por isso. Pense num sistema de informação projetado com a intenção de conectar pessoas e não somente automatizar determinados processos por dentro de um conjunto de regras e interações previamente desenhadas, um blog por exemplo. O quanto o sistema influencia, limita as condições de apropriação e invenção de usos desse sistema e o quanto isso se torna uma questão menor quando consideramos que é o contexto, o sentido de uso que convoca a uma maior ou menor utilização de um ambiente informacional?

Ora entendo que a usabilidade, o design gráfico, a linguagem visual, estética tem uma força de atração, de comunicação criando um campo por onde meu pensamento percorre dialogando com formas, objetos, espaços, relações que podem ser estabelecidas, caminhos a serem percorridos, entradas, saídas, pontos de parada. Sem dúvida, esses objetos não são neutros, influenciam de alguma maneira minha experiência, talvez tanto quanto posso dizer que gosto menos ou mais de uma determinada forma, de uma pintura na parede, de uma escultura ou os traços de uma pessoa que se move em pleno campo do meu imaginário.

Ora entendo que, quando se trata de estabelecer uma boa conversa, importa muito pouco se estamos num boteco da esquina, numa passagem repentina por entre os corredores do trem urbano, num esbarrão em meio a Avenida Paulista ou sentados num toco com chão de terra batida e um copinho de café mareando no canto de na boca como tira gosto. A sensação que tenho é que faz pouca diferença quando minha intenção é estar com alguém, é encontrar algo que não se expressa pelo ambiente ao meu entorno, mas sim pela relação que desejo estabelecer com algo ou alguém.

Há uma diferença entre a tal usabilidade e a boa conversa. A primeira presume uma certa experiência que se quer compartilhar, um certo movimento intencional que se deseja comunicar com o máximo de eficiência possível, pois se trata de um caso de sucesso quando as pessoas de fato percorrem os fluxos informacionais da maneira que imaginávamos e realizam suas tarefas com alto grau de eficiência. É um ponto a se considerar. A segunda, a tal da boa conversa, me parece que inverte muito dessa lógica, pois ela cria caminhos por dentro do fluxo informacional, ela cria o próprio fluxo informacional em busca de atender a um chamado que me convoca. A força do querer estar presente muda tudo.

Acontece que esse jogo entre motivação, informação e apropriação de espaços se expressa no campo informacional através da linguagem, criando uma dança interessante de se dar conta quando paramos algum tempo para analisar esses tais sistemas informacionais. Ocorre que é a linguagem que entrega as muitas das estratégias.....

Mas, como perceber e visualizar isso? Como usar isso como um recurso disparador de conversas entre nós?
É aí que tem alguns aspectos bem interessantes para refletir sobre essa relação de redes sociais, estrutura, dinâmica, controle e liberdade.

Mas, o lance que me interesse aqui é como dar forma, ontologia móvel, para conversarmos sobre. É?

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Estratégias de ativação de uma rede de redes

Temos falado com bastante frequência sobre estratégias de ativação de redes, refletindo que tipo de movimento nossas ações têm gerado e como têm se transformado em movimentos inusitados, revelando diferentes maneiras de como as pessoas tem se apropriado desse trabalho.

Muitas vezes eu mesmo me pergunto qual razão e o desejo de atuar dessa forma. Por quê pesquisar, investir e se dedicar a pesquisa sobre tendências, processos, meios, recursos e possibilidades de ativação de redes? Sem dúvida, há muitas possibilidades aqui, mas, a que me mobiliza é a possibilidade de que a criação de vínculos entre as pessoas que participam de projetos ditos "sociais" criem um campo de conversa, de troca que possa ampliar/deslocar o sentido que produzimos sobre o que fazemos, levando a pensarmos em outras possibilidades ainda não pensadas. Tem a ver com uma certa vontade de ampliar a brincadeira de inventar o cotidiano, de inventar novas maneiras de se relacionar e apostar que algumas delas possam me levar a lugares em que ainda não estive, abrindo portas de aprendizados e formas de ver o mundo. Isso já é muito, diria até bastante pretensioso. Mas mobiliza, leva a experimentar diversas maneiras de atuar nos projetos em que participo, buscando ver como isso se desdobra nas ações práticas em que acabo me envolvendo.

Uma das coisas que mobiliza é descobrir formas de descrever aquilo que visualizo de uma maneira bastante abstrata quando reflito/vejo os fluxos de comunicação produzindo um espaço informacional de conversas. É nesse espaço em que o imaginário se constrói, atua e interatua, tornando-se força replicante, agente-vetor que tensiona e impulsiona forças, criando danças interessantes. Os movimentos acontecem quando acontecem, não podem ser replicados. Mas, muitos deles deixam rastros, permitindo até um certo ponto que possamos estudar como se produziram, que tipo de relação de causalidade possa ter influenciado nisso criando espaço para refletir em práticas de ação que possam ser mais interessantes e outras nem tanto. Mais uma vez, desafio dos bons.

Juntando os processos de relação, as maneiras e modos de se relacionar (que tenho mapeado em alguns posts por aqui) com a busca por reconstituir esses traços tá aí dado um projeto de pesquisa/vida/sonho/prazer/desejo/ativismo desenhado nas curvas dos passos imaginários por aqui. É nessa rota que tenho seguido, inventando maneiras, vocabulários, pareando com bons parceiros, seguindo bons caminhos e brincando até onde os limites das possibilidades visualizadas têm permitido.

O campo de ação/experimentação da vez tem sido o Telecentros.BR, onde muitas dessas hipóteses de trabalho têm sido experimentadas, ajudando a encontrar mais algumas pistas de por onde aprofundar reflexões e criar novos espaços de ação.

O projeto tem se desdobrado, até então, majoritariamente pelo uso de uma ferramenta de EAD, o tal do Moodle. Ferramenta amada por muitos, odiada por outros tantos. Mas, o ponto da conversa aqui não é o aspecto tecnológico, as escolhas de construção e desenvolvimento do Moodle. O ponto aqui é que ele tem sido utilizado como um ambiente para iniciarmos conversas, estabelecermos um campo de negociação entre todos os participantes desse projeto envolvendo as formas que escolhemos de produzir e desenvolver esse ambiente. Ele se torna apenas um meio de passagem, um campo para atuarmos juntos, um local onde conseguimos dar uma base material para nossas ideias e conseguirmos viabilizar acordos, conteúdos, visões sobre inclusão digital, cultura digital, política, redes, e um tanto de outras coisas que se entrelaçam por aqui.

O ponto é que tomamos algumas decisões importantes nessa Rede de Formação que tem permitido algumas possibilidades de apropriação desse espaço que têm me surpreendido:
  • escolhemos trabalhar com grupos de um tutor para 30 monitores;
  • escolhemos trabalhar em áreas onde os grupos ficam mais separados e áreas onde os grupos podem ficar mais juntos dentro da plataforma;
  • escolhemos disponibilizar algumas ferramentas de convesação instântanea logo de cara, na primeira página do site, onde todos os monitores logados podem visualizar outros monitores logados que não sejam necessariamente do seu grupo, cidade, estado.
Há várias outras decisões que temos tomado nesse projeto e que tem sido compartilhadas de uma maneira mais sistematizada num documento orientador para facilitar nossas negociações e articulações em torno do projeto. Mas, essas 3 que mencionei acima parece que estão sendo fundamentais para um tipo de articulação em rede que tem começado a dar alguns sinais, dado que ainda temos apenas 3 meses de formação e menos de 1000 monitores participando ativamente. O trabalho de articulação e apoio dos tutores (que pretendo relatar com mais calma em outro momento), a possibilidade de formar grupão e grupinho e as ferramentas de conversação que possam refletir isso de forma simples e de fácil acesso vão dando algumas pistas dos caminhos desse projeto.

Semana passada consegui extrair a base de dados SQL do Moodle e comecei a dar uma olhada nas tabelas que não podem ser extraídas automaticamente da ferramenta de relatórios gerais. Encontrei algumas surpresas interessantes: mais de 32.000 trocas de mensagens entre monitores utilizando o sistema de mensagens instantâneas do Moodle. 32.000... em menos de 3 meses de formação. Confesso que nunca tinha visto isso antes num sistema em projetos que atuei. Não contente com números brutos, fui investigar alguns passos de como essa rede estava sendo formada. De onde vinham essas conversas? Quem estava conversando? Que tipo de estratégia de articulação poderíamos perceber nesses primeiros traços?

Brincando um pouco com as planilhas do Moodle, com o SQL e mais alguns cruzamentos deu para começar a visualizar essa rede. Segue alguns comentários sobre essas primeiras imagens de ativação da Rede de Formação envolvendo os monitores do programa.
A imagem acima mostra a rede geral de conversa entre monitores (verdes) e tutores/equipe dos polos (amarelos). Já foi possível identificar as principais sub-redes sendo articuladas nessa imagem, determinando espaços de ação dos polos regionais em suas estratégias de facilitação e promoção da formação com os monitores. As sub-redes refletem a quantidade de monitores participando na formação, sendo que temos um grupo bem maior vindo do Nordeste do que de São paulo, por exemplo. O que me chama atenção nessa imagem é o papel articulador dos tutores na sua região e o papel de conexão que os monitores fazem entre essas regiões, onde podemos visualizar vários pontos verdes entre as areas dos polos, ou seja, monitores conversando com monitores de outros polos.

Para facilita ver isso, retirei da rede apenas as interações entre tutores e surgiu a imagem abaixo.
Dá para perceber com mais facilidades que os tutores se agrupam bastante focados em sua área de atuação, tendo alguns pontos de contato entre eles, criando campos de conversa entre polos. Uma boa písta por aqui de como podemos trabalhar a ativação da rede entre esses tutores, visualizando pontos de contato que podem ser trabalhados e analisados com mais cuidado.

Vendo a rede de tutores, fui olhar a rede de monitores e tirei as duas imagens logo abaixo.

Nessa primeira imagem, dá para perceber claramente o papel de articulação que os tutores desempenhavam na estrutura geral da Rede. Mas, há um grupo central nessa rede começando um movimento de inter-atuação, criando um campo inicial de conexão entre os diferentes polos da Rede de formação. Campo inicial, tímido, ainda começando, mas dando algumas boas pistas de investimento para os próximos passos dessa rede.
Na imagem abaixo, fiz uma separação dos monitores que estavam isolados quando os tutores saíram da rede e a parte dos monitores que estavam mais articulados entre si. A imagem fala por si, mas fica bastante claro a quantidade de monitores que estão apenas vinculados diretamente aos seus tutores. A ideia por aqui não é avaliar se isso é bom ou ruim, longe disso. A ideia é mostrar e abrir espaço para conversarmos e refletirmos juntos sobre os múltiplos significados que essas imagens podem despertar em nós.


E seguimos na conversa, que estamos apenas começando a coletar e analisar os primeiros resultados dessa rede, mas já dando um caldo interessante para aquecermos próximos movimentos. Enfim, estratégias de uma rede de redes sendo construída e vivenciada em ato pelas escolhas e caminhos que seguimos. Vqv! ;-)