domingo, 26 de julho de 2009

Estruturas dissipativas e as redes como sistemas abertos

"A teoria das estruturas dissipativas e o princípio da “ordem através das flutuações” estabelecem que em sistemas abertos, ou seja, em sistemas que funcionam nas margens da estabilidade, a evolução explica-se por flutuações de energia que em determinados momentos, nunca inteiramente previsíveis, desencadeiam espontaneamente reações que, por via de mecanismos não lineares, pressionam o sistema para além de um limite máximo de instabilidade e o conduzem a um novo estado macroscópico."
SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. Ed. Cortez. 2003.

As redes, assim como qualquer organização humana, podem ser entendidas como sistemas abertos. Até, tudo bem, mas e daí? Observando a citação acima do Boaventura dá para relacionar o efeito das flutuações de energia com a evolução dos sistemas. Sendo essas flutuações de energia relacionadas as conversações na rede, podemos "visualizar" essas conversações como flutuações no sistema dinamicamente levando o sistema para um novo estado macroscópico.

Vejo dois efeitos interessantes e importantes no que estou pesquisando atualmente:

1. seria muito interessante correlacionar essas flutuações de energia provocadas no sistema pelas conversações através da visualização dinâmica das redes;

2. qual seria a relação entre essas flutuações de energia que desencadeiam reações e as flutuações de padrões mentais psquíco/kármico em minha mente? Como eu estou acoplado ao sistema? Como eu posso visualizar e perceber o meu acoplamento? O que não deixam de ser meras flutuações no sistema é aquilo que eu chamo de realidade? E qual seria o efeito da meditação na capacidade de ter consciência da flutuação e do seus possíveis efeitos em minha mente? Seria possível visualizar isso em rede?

Quanto pergunta boa...

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