segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Apresentando no X Cinform - Encontro Nacional de Ensino e Pesquisa em Informação

Na pegada desse ano, parte dos objetivos de trabalho passa por sistematizar melhor as pesquisas que tenho feito para o doutorado, enviando artigos e participando de eventos apresentando resultados do trabalho.

Processo relativamente novo, interessante e, de qualquer maneira, muito bom para perceber os efeitos do que tenho produzido, ouvindo comentários de outras vozes, rostos e palavras até então não conhecidas. Exposição para se ver.

Dessa vez, venho a Salvador, participar do X CINFORM - Encontro Nacional de Ensino e Pesquisa em Informação, realizado pelo Instituto de Ciência da Informação da Universidade Federal da Bahia. É o primeiro evento nacional de âmbito "científico" que participo. Experiência para ver e rever escolhas e apostas.



Gostei do clima daqui. As discussões começaram sobre como a cultura tecnológica (cultura do estímulo a inovação contínua) acaba gerando em todos os campos um ensino voltado para produzir e replicar a própria cultura de consumo. A base da ciência tem se voltado para formar produtores eficientes e consumidores compulsivos (fala de Pedro López López, de Madrid). De fato, concordei e vejo isso se replicar por muitos locais por onde tenho passado.

A cultura da rede também traz a promoção e replicação em outros níveis de escala a lógica do consumir e consumir. É preciso olhar para isso com certa atenção e menos ingenuidade, em muitos momentos. As perguntas que de fato movimentam todos os fluxos em rede acabam indo para outro lugar. Para a construção da linguagem, a percepção do real e a formação da consciência como espaço de relação... Sim, mas isso já é outra conversa que pretendo aprofundar mais pra frente.

Na parte da tarde, começamos a expor os trabalhos que foram enviados por profissionais, alunos de graduação, pós, etc. Apresentei esse trabalho abaixo, como parte das pesquisas que tenho feito no doutorado:





Conversa boa ao final. Bons comentários relativos a modos de ampliar as expressões de pesquisa e ver o efeito que isso pode causar nos tipos de rede que tenho encontrado.

O importante desse tipo de trabalho, nesse momento, tem sido o exercício de uma outra forma de linguagem. Uma linguagem menos linear e mais relacional, onde consigo agrupar diversos elementos dispersos e analisar de forma conjunta, afinando o olhar e percebendo níveis de relação que antes não conseguia ver. O que fiz nos dados que pude extrair do Google Acadêmico, transformando aquelas listas em grafos, mostrando modos de relação e escolhas no fazer da pesquisa daquele grupo de pessoas que me ajuda a entender seus movimentos de conversa, formação de redes e outras relações possíveis.

E assim, algumas outras pistas vai ficando mais evidentes... ;-)

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