Processo relativamente novo, interessante e, de qualquer maneira, muito bom para perceber os efeitos do que tenho produzido, ouvindo comentários de outras vozes, rostos e palavras até então não conhecidas. Exposição para se ver.
Dessa vez, venho a Salvador, participar do X CINFORM - Encontro Nacional de Ensino e Pesquisa em Informação, realizado pelo Instituto de Ciência da Informação da Universidade Federal da Bahia. É o primeiro evento nacional de âmbito "científico" que participo. Experiência para ver e rever escolhas e apostas.
Gostei do clima daqui. As discussões começaram sobre como a cultura tecnológica (cultura do estímulo a inovação contínua) acaba gerando em todos os campos um ensino voltado para produzir e replicar a própria cultura de consumo. A base da ciência tem se voltado para formar produtores eficientes e consumidores compulsivos (fala de Pedro López López, de Madrid). De fato, concordei e vejo isso se replicar por muitos locais por onde tenho passado.
A cultura da rede também traz a promoção e replicação em outros níveis de escala a lógica do consumir e consumir. É preciso olhar para isso com certa atenção e menos ingenuidade, em muitos momentos. As perguntas que de fato movimentam todos os fluxos em rede acabam indo para outro lugar. Para a construção da linguagem, a percepção do real e a formação da consciência como espaço de relação... Sim, mas isso já é outra conversa que pretendo aprofundar mais pra frente.
Na parte da tarde, começamos a expor os trabalhos que foram enviados por profissionais, alunos de graduação, pós, etc. Apresentei esse trabalho abaixo, como parte das pesquisas que tenho feito no doutorado:
A emergência da análise de redes sociais como campo de pesquisa - X Cinform2011
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Conversa boa ao final. Bons comentários relativos a modos de ampliar as expressões de pesquisa e ver o efeito que isso pode causar nos tipos de rede que tenho encontrado.
O importante desse tipo de trabalho, nesse momento, tem sido o exercício de uma outra forma de linguagem. Uma linguagem menos linear e mais relacional, onde consigo agrupar diversos elementos dispersos e analisar de forma conjunta, afinando o olhar e percebendo níveis de relação que antes não conseguia ver. O que fiz nos dados que pude extrair do Google Acadêmico, transformando aquelas listas em grafos, mostrando modos de relação e escolhas no fazer da pesquisa daquele grupo de pessoas que me ajuda a entender seus movimentos de conversa, formação de redes e outras relações possíveis.
E assim, algumas outras pistas vai ficando mais evidentes... ;-)
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