Shirky vai dizer que a ontologia, no sentido filosófico, é o estudo das entidades e suas relações. Para pensar nas relações e pensar nas entidades, olhar para elas, de alguma maneira, pode se tornar útil em nossa conversação.
Sem dúvida, se criarmos sistemas estáticos, como vocabulários definidos para organizarmos a nossa informação, iremos cair numa simplificação grotesca da multiplicidade que a web representa.
Shirky, lá pelas tantas vai dizer que o único grupo que pode categorizar tudo é todo mundo. Visão fundamental da complexidade de informação em que vivemos.
E quando falamos de um site na Internet a forma como somos lidos, como nos tornamos relevantes acaba sendo produto de três eixos, pensando apenas em relação aos sistemas de informação:
- o conteúdo que produzimos e está disponível em nossa URL;
- a estrutura de organização do código do site;
- a forma como os algoritmos de busca se acoplam nessa estrutura e constroem sua visão de relevância do conteúdo que produzimos.
Ao mapear isso, como o próprio Shirky fez algo ocorre. Esse algo tem a ver com nos darmos conta de como surge essa relevância do que estamos fazendo na web em relação a quem nos acessa. Esse dar-se conta abre inúmeras possibilidades de perguntas, de construção de hipóteses que podem nos levar a conversar sobre o que fazemos e o como fazemos o que fazemos. Esse é o ponto e esse é o ganho.
Veja aqui a forma como nos 3 pontos acima nos tornamos relevantes para o Google:
Sim, forma uma cauda longa, como era de se esperar.
Não tenho a menor dúvida que há diversas estratégias que podem ser utilizadas para diversos pontos da cauda em relação a como queremos aproveitar esse fluxo para ampliar nossa relevância.
Acho que estamos experimentando ver isso, nos questionar a partir disso e emergir novas estratégias a partir desse passo ao lado que o mapeamento nos leva a dar. E como diria o Shirky, "It's all dependent on human context."
Será? ;-)
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