hdimantas tá aqui falando sobre as identidades.
diz assim: "Dalton insiste na produção da idéia do eu e o que estou tentando romper é com essa afirmação. Desde Freud não se concebe o homem como um ser indivisível. A identidade não é algo que nos define."
Concordo fortemente com isso. Mas, apesar das identidades não nos definirem, nós ainda nos relacionamos com elas como se nos definessem. E só parar para ver que tipo de respostas a gente habitualmente dá quando nos perguntam: Quem é você? O que você faz? Lançamos mão das identidades para garantir uma resposta minimamente cabível no contexto em que possamos estar. Não nos define, mas nós acabamos por nos definirmos a partir delas.
A pergunta que cabe é: como saímos desse enlace? Como deixamos visível para nós mesmos que estamos nos atrelando a identidades e fechando os espaços da impermanência a criarmos alguma forma de apego a essas mesmas identidades?
Concordo que somos multidão. Mas, agimos ainda autocentrados. Voltamos com frequência para as identidades quando se trata de exercer alguma forma de controle ou de manipular algo para que ocorra da forma que queremos. Como lidamos com o fato de sermos multidão a partir de uma multiplicidade de referenciais autocentrados? Como isso se explicita em nossos espaços de reflexão?
Particularmente, não tenho resposta para isso... Mas, acho que temos um caminho de pesquisa.
Eu creio que quando conseguimos alguma forma de nos visualizarmos, seja da maneira que for, a partir da visualização podemos ampliar a percepção da multidão e ir questionando as referenciais de autocentramento que ainda carregamos na mochila.
Será? ;-)
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